maio 04, 2005

Hoje gostaria de ser...
uma personagem de uma dessas séries inglesas.

Sem piadas americanas.
De uma dessas séries da BBC, em que a acção se passa no campo, numa dessas casas senhoriais onde tudo é milimétrico, soturnamente perfeito como um puzzle em que não falha uma única peça... Gostava de pertencer a um desses capítulos verosímeis em que tudo se encaixa, até a sonoridade pausada das personagens, a seriedade das suas actuações. Passear-me-ia sem dúvida pelo lago que pertenceria à casa. Descontraidamente e com a certeza de que o lago ali estaria na manhã seguinte. Agitaria as águas arremessando um pequeno seixo polido. Seria esse o único movimento imprevisível de toda a minha vida...

28 comentários:

Tão só, um Pai disse...

... beijinho bom, senhorinha, está um dia lindo para se perder no jardim ...

Mitsou disse...

Como sei que gostas de filmes e séries de crime, imagino a aldeia da Miss Marple com os seus seixos polidos a agitar as águas da calmaria...Beijoca grande de bom dia! :)

Eva Lima disse...

...a vida sem imprevistos? Isso não seria vida...apenas sobreviver.
bjinho

Poor disse...

série com feeling jane austen?:)

Tão só, um Pai disse...

... beijinho escondido na noite de luar ...

Raquel Vasconcelos disse...

... porque é tudo tão mais simples, é tudo mais real... é poder correr descalça...

Raquel Vasconcelos disse...

Amie... assim a modos que um tudo nada mais cenário de crime... mais cinzenta e de excelente qualidade, a puxar p a AC como disse a Mitsou, aliás a ideia veio-me depois de ver "O Inspector Lynley" na Sic Mulher.


Inspector Thomas Lynley(Nathaniel Parker) e Barbara Havers (Sharon Small).
Lynley vem de uma classe social alta, enquanto Havers descende de uma agressiva classe operária. Embora esta situação cause alguma fricção entre ambos, também permite que eles analisem os casos de forma diferente e se complementem no seu trabalho de investigação policial.
A perspicácia do Inspector Thomas Lynley aliada à apurada sensibilidade feminina de Barbara Havers revela-se a fórmula certa para chegar à chave do crime.
Inspector Lynley, uma série com o carimbo de qualidade da BBC.
..... in Sapo/SicMulher

Raquel Vasconcelos disse...

Eva, apetecia-me um bocadinho... apenas sobreviver durante uns tempo... e porque não...

Raquel Vasconcelos disse...

frog, sim... seria a única coisa não monótona q seria permitida... esse movimento circular da natureza.. belo e que não nos magoa...

Raquel Vasconcelos disse...

T, isso mesmo... perder-me pelos jardins... ou quiça... à luz do luar... sem sobressaltos... sem medo... em paz...

Mitsou disse...

Raquel, beijinho de boa noite, linda. Ah, as músicas! Ando aqui à procura de uma para amanhã mas não encontro no formato exigido pelo Blogger :((( Dorme bem e a gente encontra-se no sítio do costume :))

Anónimo disse...

:)

a harmonia perfeita da ficção que desejamos real...

Tão só, um Pai disse...

... abre a janela que dá para o lago, houve o chilrear, sorris, como um beijo doce de bom dia ...

Raquel Vasconcelos disse...

... estou a sorrir...

Raquel Vasconcelos disse...

Lost,

brincando com as tuas palavras...

A harmonia fictícia que nos parece tão, mas tão perfeita...


:)

Raquel Vasconcelos disse...

Fernando,

e não é que nunca fui à Quinta da Regaleira... o que "falámos" em lá ir...

Um dia, um dia...


Um beijinho :)

Mitsou disse...

Por falar na Quinta da Regaleira...ah, que boas recordações eu tenho!
Beijinho de boa noite e até amanhã, linda :)

Mitsou disse...

Bom dia, quer dizer, boa tarde, linda! Mais um sábado. Jornais, café na esplanada...enfim. Um bom dia para ti se não nos "falarmos" :)

João Mãos de Tesoura disse...

Enganas-te! Esse seria o teu movimento previsível; o resto seria a incógnita, mas admito que os frutos silvestres entrassem na ementa! ;)
Besitos

Mitsou disse...

Vim deixar o beijinho de boa noite e bom domingo :)

mdm disse...

Primeira visita a este blog.
Adorei a forma como escreves e a maneira como alguns textos vestem em mim.
Mais um de passagem obrigatória.

Raquel Vasconcelos disse...

Jotakapa,
O que escrevi no teu blog é decerto a minha melhor resposta:
"Durante esses pesadelos, por vezes infindáveis, há quem prefira afundar-se numa monotonia respirável..."

Concha,
Obrigada pela preferência :)

João,
Estava já tudo delineado, afinal um capítulo de uma série da BBC não se faz ao gosto do que os outros gostariam que fosse...

Mi,
Sintra será sempre Sintra...
Uma das maiores paixões da minha vida...

peciscas disse...

Ás vezes, sentimos necessidade de um pouco de acalmia e previsibilidade na nossa vida.
Mas, logo a seguir, queremos a agitação de volta.
Aproveito para divulgar a votação que decorre em

http://www.peciscas.blogspot.com

para a escolha da personagem portuguesa mais importante de todos os tempos, na área das Artes e das Ciências.

Anónimo disse...

parece-me que depressa te enjoarias dessa existência (im)perfeita

Tão só, um Pai disse...

... venho cuidar do lago do teu jardim, cuidar dos muros para que ninguém espreite o saiba do teu lago, abrir a porta ao vento suave, e pedir às árvores que abanem devagarinho, chamando-te de novo para o teu jaridm.

Beijinho de bom dia ...!

Sara disse...

Entendo a necessidade de algo perfeito...
Talvez por isso mesmo seja só na ficção. É perfeito de mais para ser real...
É... ás vezes faz falta um momento perfeito. Em que nada corra mal. Em que tudo corra como o previsto.
Mas depois pergunto-me se não seria monotono. Acho que os imprevistos e aqueles momentos por quem ninguém espera é que dão graça á vida! ;)
Beijocas.

Raquel Vasconcelos disse...

Fairy_morgaine e Palavras Soltas e Ajcm,
Tenho a certeza de que sim... o ser humano é tão insatisfeito...


Em suma... o depois parece tão fácil de prever... a insatisfação...

Mas gostei de imaginar o "previsível"...

Raquel Vasconcelos disse...

T,
uma abordagem diferente... deixar-me o meu jardim... não mo querer retirar...