fevereiro 05, 2004


Escrevo-te e descrevo-te

Passo-te os meus textos.
São teus. Ofereço-tos. Não os queres talvez, mas são teus!
Não posso escrever-te para um endereço, uma morada, uma rua, uma avenida.
Por isso te escrevo e descrevo... no éter.
Podes lê-los - os textos são teus, recordas-te? - ou se preferires,
irão estagnar em algum recôndito do mundo virtual.
Ou um dia, arrancas-mos finalmente das mãos. Dirás apenas, basta.
E aí, paro de te escrever, de te amar.
Entrego-tos e nada peço em troca porque nada que do que me desses faria sentido. Não tens nada de tão real como estas palavras que transformo em tuas.
A minha coragem para te enfrentar... é tão pouca.
És o mundo e não és nada, és a minha vida e a minha morte.
Publico-te...
Necessito partilhar-te para te entender.